O termo vem do japonês, e nessa língua, sim: Avatar é anime. Como se usa em japonês, o termo refere-se simplesmente a animação, e não o distingue por nação de origem. Mas como palavra de empréstimo em outras línguas, no entanto, Avatar normalmente não se qualifica. A maioria das línguas para além do japonês usaram o termo anime para se referirem especificamente à animação de origem japonesa.
Anime-as-loanword é um termo algo difuso, mas geralmente refere-se especificamente à origem da animação, e não necessariamente onde ela é produzida. Muito daquilo a que chamaríamos anime é de facto produzido fora do Japão : tem origem lá, mas a produção é subcontratada a estúdios de outros países. A estrela _Kaleido é um exemplo disto: a sua origem é japonesa, mas muito do trabalho foi feito como uma colaboração entre o estúdio japonês GONZO e o estúdio coreano G&G Animation.
Likewise, uma quantidade surpreendente de animação a que não chamaríamos anime tem origem fora do Japão, mas o trabalho de animação é subcontratado a uma empresa japonesa. O ThunderCats_ é um exemplo em ambas as suas encarnações: poucas pessoas fora do Japão lhe chamariam anime, mas o trabalho de animação foi feito lá (a série de TV dos anos 80 foi feita pela Pacific Animation, enquanto a série recente foi feita pelo Studio 4C).
Avatar: The Last Airbender representa uma terceira categoria: não é de origem japonesa nem de produção, mas é tão fortemente influenciada por tropas de anime que pode ser difícil distinguir a diferença sem pesquisar os créditos do programa*. Os criadores são americanos. O trabalho de animação da série original foi subcontratado a uma série de empresas coreanas. Alguns episódios da sua série sequencial, The Legend of Korra foram realmente animados no Japão (pelo Studio Pierrot), mas a maior parte do trabalho de animação desta série foi feito por uma empresa coreana: Studio Mir. Mas apesar da origem e produção da franquia, a influência do anime sobre ela é extremamente forte, como os seus próprios criadores admitem. A influência do anime pode ser vista em praticamente todos os aspectos da franquia, desde o seu estilo visual até à sua construção mundial, passando pelas suas representações de personagens.
O facto de isto o fazer contar como anime, ou pelo menos como “suficientemente próximo”, é um tema de debate entre alguns fãs. No sentido mais estrito, não se qualifica a menos que se esteja a falar japonês. Mas se é indistinguível do anime sem examinar de perto os créditos, então talvez não faça muito sentido insistir na distinção. Assim, pelo menos, digamos, as pessoas que a incluiriam. Há também fãs que concordam que “não é tecnicamente anime”, mas consideram-no suficientemente próximo para ser incluído no anime aleatório de qualquer forma (“anime honorário” é um termo que se ouve por vezes neste campo).
No Japão há algum debate, num caso que só pode ser descrito como pingue-pongue linguístico. É do conhecimento geral que o termo anime foi emprestado (em forma abreviada) do inglês, para significar animação. O inglês reimportou então o termo, referindo-se especificamente ao anime de origem japonesa. E embora ainda não tenha chegado realmente ao mainstream, alguns fãs japoneses levaram a rereimportar o termo, desta vez na forma abreviada animação, para se referirem a animação de origem nonjaponesa.